sábado, 6 de dezembro de 2008


Conchas

As palavras são degustadas... Diluídas, na face alva.
Não há caminho obscuro, nem trágico, quando escolhido a dedo... Na fala correta dos movimentos dos lábios, de uma alma serena... Mansa... Quente!

Um lugar... o meu lugar solidão... É o caminho que rogo ao infinito... em folhas de ocre outono... Em delícias no chão...
Árvores que encandeiam... Sons de craquina, em passos lentos... Rodopio de semente em vento... Alimento.

Circulo pelos bosques, rodeada por heras em minhas pernas, ventre...
Subo aos tênues rasgos do Universo...
Clara... Claramente, volto-me ao ciclo... Circulação cardíaca... Veias em cor de um momento.

Nem crostas de uma pérola ganha... Nem jóias de uma ostra, em mão de tritão...
O mar eu escuto em conchas... Quando tu juntas as mãos...


Publicado no Recantodasletras dia 01/12/2008 às 21:23.
Código do texto T1313672

Um comentário:

Eterno disse...

Céuss, adorei seu blog, muito bom mesmo. Esse texto é muito do tudo que eu queria dizer...

Saúde e Paz !