segunda-feira, 28 de junho de 2010

Um mundo...

Um tanto sofridas as decisões que tomamos...
Às vezes, vértices... Ora planos.
Sabia, desde o início, porque, então, surpreender-me tanto... São voltas... São folhas... São giros castanhos.
Movimento-me... Sou pétala solta... Nada mais pode ser dito de concreto... Prendo os lábios para que não beijem o solo.
Sem saber qual o caminho... Direciono qualquer um. Nada movimenta o meu dia... Perdi-me em saliva fina.
Olhei pelas estradas nas quais passei... Preciso de ar... Preciso de encantamento. Do elogio sem fome... Das palavras que acariciariam os ouvidos... De falas que beirassem os livros que li. Seria ouvidos para os novos "caetanos".
Andei pelas estradas, agora a pouco... Senti o sol e percebi que as montanhas por aqui ainda são as mesmas... Eu que vedei os olhos e percebo apenas as casas.
As linhas marcam o texto que me aguarda... Um dia como outro qualquer.. Repleto de altos e baixos.
Não sei o que eu dito afinal... Sou um ser estranho diante de mais um rosto.
Fico só... Quem sabe, um dia, as cores saiam da paleta e resolvam notar a minha existência...
Aguardo, em AnoniMassa, o final de uma linha marcada nas mãos... Plagiado final, de uma morte sustentada.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O sonho...

O sonho

O sonho não pode ser denso... Então, perde-se no ar, no primeiro acordar.
Sei das linhas das mãos... Crio as minhas próprias danças... Sou assim, desde criança.
Saboreio apenas o que a mim é direcionado... Sem cuidados, fluo como a neblina fina sob teus olhos.
Tenho medo de quem não sabe sonhar... Das ilusões que matam a essência da alma... Das falsas modéstias.
Sob o vulto de uma história, posso dizer o que sinto de fato... Posso mover o mundo, se percebo o retorno certo.
Corro pelos campos... Sou vento forte... Laço, apenas o que deixo... Escolhidos mimos... Voltas e saídas, dentro de mim.
Um dia, encontro o que procuro... Pode estar na primeira esquina... Mas, eu mal vejo os meus próprios calcanhares...Vivo em vão... Frestas que aparecem e somem na escuridão.

Minhas palavras...



Minhas palavras...

Ouço o que eu digo... Penso... Parafraseando..."Existo".
Disse o que deveria ser dito... Cada pétala em seu lugar.
Esperei, em morna resistência... Sou o reflexo do que criei em caminho retorcido.
Agora, lanço as minhas palavras ao vento... Nem eu mesma vou ouvi-las. Ensurdeço para não sofrer.
Corro e não chego... Ainda espero, mas vejo o quão frágil são os ditos que chegam aos meus ouvidos.
Intensidade, Apenas em uma via... A minha.
Perco-me, então... Olho além do horizonte. Decido.
O prédio construido sobre as palhas em fogo... Sem base, os tijolos cantam... Racham.
Ouvi... Pensei ter ouvido... O AMOR mais bonito.
Sigo a minha estrada... A solidão é minha companheira... Personificada, escorre pelo rosto.
As minhas palavras são falhas... Perdi-me ao estar contigo.
Agora, danço sob a lua que acalenta... Lenta mania de sentir que não espero por mais ninguém.

sábado, 12 de junho de 2010

Medo

As noites costumam trazer consigo algumas paúras... Segredos... Ventos.
Quantas vezes, adormecida em mim, contei nos dedos.
Perdi-me, ao encontrar a minha mina d'água... O céu azul e o celeidoscópio de sonhos coloridos.
Amedronta-me o futuro incerto... As gotas que caem da face... O dizer a verdade.
Quantos dias em contínua diversidade de pensares... O medo invade.
Poderia ser tudo extremamente claro... Mas, o contorno ainda é falho.
Vejo, pelas frestas, o quanto perdi de mim... A poesia é o escorregar das teclas.
Podem os lábios sorrirem em vão?... Podem as mãos acariciarem o colo de um silêncio?... Ainda não digo... Ainda sigo...
O medo é a defesa da alma... Do corpo, apenas a estrada.
Melodia, à parte, posso conter alguns segundos a respiração que guardo.
Quantas partes de mim terei de suspender em ar?...Ainda vejo que nada será digno do que sinto.
Apenas palavras soltas... Na madrugada que se assusta com as minhas andanças... Falhas.