terça-feira, 2 de agosto de 2011

Mergulho

Mergulho...

Nem sempre apagamos as velas... Fazemos tabelas de dias e passamos por linhas abertas. Frestas.
Percorri a face adorada... Pensei que as falhas seriam adornadas pelo beijo... Não tenho talento.
Movo-me pelas ruas... Tão luas... Tão sóis em movimento.
À noite, posso acalentar a alma... E canto.
Eu mergulhei... Afogo-me, agora em escorregadias palavras.
Um suspiro...Uma noite em calda de cometas... Lá se foi mais uma curva...Lá se encontra a estrada em corda bamba...
Há dias em que o arrepio do medo abre os braços para a esperança.
Mas, já foi o tempo de jogar as tranças.

15:49

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Medidas

Medidas são ramos... Alguns ditos e alguns planos.
Perco-me, nas artimanhas de um destino que brinca comigo.
Verdes lábios... Amadurecidos sentidos.
Os dias passam... E passarão muito rápido.
Conforta-me a morte... Contemplada pela razão de existir.
O corpo inverga... As folhas caem... Foi-se mais uma tarde da minha vida.
A chuva ensina-me que chorar faz parte... O sol anuncia que o olhar descansou... Sou?
Todas as palavras ditas... Cada qual esperada pelos ouvidos alados. Depois disso, a encruzilhada... Depois do colhido, mais nenhum passo.
Abertas todas as minhas defesas,descubro-me só... Construo, em sonhos... Planto em medidas exatas algumas tardes que me restarão.
A chuva cai de contente... Resta-me sorrir, então.

sábado, 10 de julho de 2010

Não tarda...

Não tarda...
Os verdes olhos da mata... Da cachoeira esquecida, em cataratas.
Olhai os verdes sinos... As voltas que dei, enquanto permearam o próprio cíclo... Umbigo.
Morreram as flores da janela... Não reguei os sorrisos que me rodeiam... Fui fina camada.
Agora, em morte escolhida, observo o pó que deixei na estrada que escorre em meu corpo.
Mais nenhuma parada... Apenas um ponto de início... O recomeçar da onde fui estagnada.
Despi-me de mim... Apresentei-me em moldes irreais... Real escolha de ser o ser que representa.
Não tarda os olhos se fecharem... Não fito mais aquilo que me é proibido. Só, eu fico.
Que seja eterno o mundo que criei... Os versos que fiz... As ilusões que desenhei.
Não há escolhas... Nem nos atos que afloram.
Planto minha vida numa balsa desavisada...
Lá vem o trem... De uma história, em desespero, contada.

01:23

Lágrimas

Quem entende?... Ninguém...
Nem as gotas que rodeam a face... Lágrimas desgarradas... Multifacetas.
Mergulhos, no que desconheces... No que não olhas, apenas vês.
Vez e outra... Outras voltas. Baixos sentidos... Medos.
Magia e sofrimento... Um AMOR rarefeito.
Penso que farpas corroem meu triste corpo... Movimento-me, por entre as sombras que escondem o brilho dos meus olhos...
Ah! Quanta loucura se faz em nome do amor... Paixões que o ser humano inventa.
Maravilhas... Pessegueiros... Flores e Lágrimas.
Sementes que não germinam a tempo...

sábado, 3 de julho de 2010

A cada dia...

A cada dia...
Passa lento... Passaraio de brincadeiras... Arcos.
Vejo a estrada e me calo... Calos nos pés da espera... Cansaço.
Olho a face que me acaricia... Perco-me, em escudos que crio... Aventuro-me em águas jogadas... Translúcidas imagens criadas.
As mãos aproximam-se... Desconhecidos sentidos... Já não sinto. Amarga a boca, com palavras que não escuto mais. Mas, perco-me na doçura que é entregue sem cobrar nada em troca.
Não moro mais em mim, nessas horas.
Ouvi o chamado da esquina... Disse-me "dobra"... Segurei os pés no chão... Não encontraria a certeza, apenas indecisão.
Morri, ontem... Ninguém avisou.
Hoje, sustento-me de sonhos... Agarro-me aos joelhos, novamente... Uterino controle. Margens para definirem os estudos cíclicos... Palavra rouca... Manca.
E... Surrupio a verdade... Esmagamos cada linha e dizemos "sim" à loucura.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Um mundo...

Um tanto sofridas as decisões que tomamos...
Às vezes, vértices... Ora planos.
Sabia, desde o início, porque, então, surpreender-me tanto... São voltas... São folhas... São giros castanhos.
Movimento-me... Sou pétala solta... Nada mais pode ser dito de concreto... Prendo os lábios para que não beijem o solo.
Sem saber qual o caminho... Direciono qualquer um. Nada movimenta o meu dia... Perdi-me em saliva fina.
Olhei pelas estradas nas quais passei... Preciso de ar... Preciso de encantamento. Do elogio sem fome... Das palavras que acariciariam os ouvidos... De falas que beirassem os livros que li. Seria ouvidos para os novos "caetanos".
Andei pelas estradas, agora a pouco... Senti o sol e percebi que as montanhas por aqui ainda são as mesmas... Eu que vedei os olhos e percebo apenas as casas.
As linhas marcam o texto que me aguarda... Um dia como outro qualquer.. Repleto de altos e baixos.
Não sei o que eu dito afinal... Sou um ser estranho diante de mais um rosto.
Fico só... Quem sabe, um dia, as cores saiam da paleta e resolvam notar a minha existência...
Aguardo, em AnoniMassa, o final de uma linha marcada nas mãos... Plagiado final, de uma morte sustentada.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O sonho...

O sonho

O sonho não pode ser denso... Então, perde-se no ar, no primeiro acordar.
Sei das linhas das mãos... Crio as minhas próprias danças... Sou assim, desde criança.
Saboreio apenas o que a mim é direcionado... Sem cuidados, fluo como a neblina fina sob teus olhos.
Tenho medo de quem não sabe sonhar... Das ilusões que matam a essência da alma... Das falsas modéstias.
Sob o vulto de uma história, posso dizer o que sinto de fato... Posso mover o mundo, se percebo o retorno certo.
Corro pelos campos... Sou vento forte... Laço, apenas o que deixo... Escolhidos mimos... Voltas e saídas, dentro de mim.
Um dia, encontro o que procuro... Pode estar na primeira esquina... Mas, eu mal vejo os meus próprios calcanhares...Vivo em vão... Frestas que aparecem e somem na escuridão.