sábado, 10 de julho de 2010

Não tarda...

Não tarda...
Os verdes olhos da mata... Da cachoeira esquecida, em cataratas.
Olhai os verdes sinos... As voltas que dei, enquanto permearam o próprio cíclo... Umbigo.
Morreram as flores da janela... Não reguei os sorrisos que me rodeiam... Fui fina camada.
Agora, em morte escolhida, observo o pó que deixei na estrada que escorre em meu corpo.
Mais nenhuma parada... Apenas um ponto de início... O recomeçar da onde fui estagnada.
Despi-me de mim... Apresentei-me em moldes irreais... Real escolha de ser o ser que representa.
Não tarda os olhos se fecharem... Não fito mais aquilo que me é proibido. Só, eu fico.
Que seja eterno o mundo que criei... Os versos que fiz... As ilusões que desenhei.
Não há escolhas... Nem nos atos que afloram.
Planto minha vida numa balsa desavisada...
Lá vem o trem... De uma história, em desespero, contada.

01:23

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