terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Entre Aspas...


Rasgo o escaravelho do texto... Capengo em letras adormecidas... Uma língua que se perde, em entalhes do meu dito...
Assim, formulo as páginas... Rasgando escaravelhos do sentido.
Signo de ostras... O mar em ondas... Amor entre aspas...
Nada importa de fato... Apenas as palavras cruas... Mordidas pelas beiradas.
Posso rabiscar o que me dizes... Posso colher-te em mina d'água... Vasculhar o teu sorriso.
A moura-torta... As agulhadas de um rito antigo...Nosso risco.
Nada importa... Apenas o que está atrás de cada porta línguística... Da língua que lambuza a face... Adocica o céu da minha boca.
Significantes... Coisas ralas... Definidas pelo sopro da necessidade...
Significados... Teu sorriso no meu... Compacto... Côncavo e convexo... Reflexo das palavras soltas.
Códigos de ti... Das luas que me presenteias... Tuas teias...
Andei por aí... Fui apenas ali... Já voltei. E dizes: esperava por ti.
Rasgo os textos... Nada importa...
Apenas o nosso encontro de corpos... Equidistante enlace.
Torneio a vida... Com lenços tão finos... Que se enroscam aos teus calcanhares...

Ser Amor


As paredes ganham tijolos... Ganham cores...
Poucos mimos... Assim, acredito.
Ser labirintos... Ser Amor... Nosso rodamoinho.

Pra ser amor... Em vasto dizer gramatical... Pede saltos... Sucumbir as muralhas... Sucumbir às muralhas... Paredes de cristal.
Pede beijos... Pede o gosto de domínio lábios...
Corpo em chamas... Contornos na face... Sem igual.

Paciência... Convivência... Retorno ao grito... Atado destino...
Que seja fato.
Pra ser Amor... Em sereno nos teus olhos... Basta o teu viver bem... O teu acertar os ponteiros... Esse teu desejo imenso... O Amor que sai da tua boca...

Corro, em tua direção... Pulmão...
Escorrego as lâminas das palavras... Apenas para dizer-te que para ser Amor, basta olhar-te... Mais um recorte...

Salas...


Ouvimos o pagear do tempo... Dos movimentos.
Em paredes lentas, corto os dias... Sementes de mim.
Gosto de pêssego... De lambidas na face... De maçã em arte.
Salas e suas cores simples... Cortinas de água cristalina.
Pedras soltas... Na tua memória... Cordas.
Alinho os monumentos... Crio das salas, saias molhadas na cachoeira.
Recortas o vento... Presenteia-me com rotas... Nossas asas...
Mascavo bolo... Salas de estar... Salas coloridas...
As salas soltas... Cortinas de lenços finos...
Ando solta pelos campos do nosso passado... Selo as cartas, rotino os dias... E, depois, caio nos teus braços...Presente enlace.
Quatro paredes... Minha árvore.

Retrato de nós


O mundo escrito... Solidificado pelo teu sorriso...
Amor em gotas... De chocolate, sempre digo.
Andei pelas ruas... O sol rasgando os dias...
Movemos os nossos cantos... Em rimas e prosas... Em ritmo acelerado.
Amor a mim... Sempre ouço em palavras graves... Sem entraves.
Gosto de fantasia... De pétalas debulhadas em sonhos... Esse é o nosso tamanho.
Luzes... Riscos ... Rabiscos... Rascunhos de nós... Vários laços em fitas tão finas... Soltas pelos dedos... Amarradas pelo coração.
Imagens e fatos... Gatos e lagartos... Portas e Notas... Florestas e matas.
Movo os rastros de ti... Somos o espetáculo... Somos humanos... Retratados nas ondas do mar.

Enfim, saboreio o dia andando nas nuvens... O que dizer mais?...

domingo, 10 de janeiro de 2010

Serena musa...



Amado encontro... Das páginas aos sonhos...
Os contornos de versos brancos... Com gosto de futuro.
Nas entrelinhas... Sou apenas minha...
Em gotas de chocolate, posso olhar-te em cada pensamento teu.
Poso em lâminas de tinta fina... Pouso em teus cílios... Enlouqueço-te o juízo.
Fazer da vida o enlace perfeito... Colher apenas o que for plantado... Ouvir o teu chamado... Recado.

Rondas...


Raros são os dias?... Estrelas no céu da boca... Maravilhas.
Encontro-te na areia fina... Em ondas cristalinas... No movimento de retorno.
Teu corpo... Meu encontro.
Páginas escritas com os dedos cruzados... Meu eterno giro, em lenços ciganos.
Ouço a calmaria de mim... Alguns recortes... Alguns rabiscos de ti.
Ouço o vento... Sopra lânguido em meus cabelos...
Grudo-me aos joelhos... Movo a lua...
Entre os lençóis... Muralhas de nós... Paredes sem sombras... Hiato.

sábado, 9 de janeiro de 2010

AMOR

Sabemos tanto do amor... Olhamos a vida com as asas do coração.
Construir um caminho... Olharmos na mesma direção.
Ser humano... Gostar do outro... Respeitar as diferenças... Sermos irmãos.
Falta muito, todos sabem, para a sociedade interagir como deve... Cuidar de todos como iguais.
A tal cidadania falada aos quatro ventos... Que ainda precisa ser aprendida de fato.
Olhamos os dias... Cuidamos daqueles que amamos... Podemos fazer isto com todos os diamantes lapidados em cada sorriso...
O mundo é colorido, acredito.
Lembro-me de tantos sonhos... De tantos planos de fazer o possível pela humanidade. Ainda penso em longas estradas... Em fazer a diferença.
Aprendo muito todos os dias... Com a brincadeira dos meus gatos... Com as perguntas dos meus alunos... Com o carinho da minha filha... Com o carinho de grandes amigos... Com o Amar e não estar sozinha.
Vejo as Lãminas de um futuro que se espelha com cada exemplo doce que trago comigo.
Encontros e palavras... Um pensar só, mas repleto de sonhos ainda.

EntreCores...



Lanço-me ao infinito... Mover o amor em gotas de dias.
EntreCores, voo ao teu colo... Sou as pétalas de mim.
O mar acorda cedo... Laça-me os calcanhares... Crio asas para estar contigo.
Momento abrigo.

45 Dias e Noites


45 Dias e Noites está na Editora Protexto! Confira!
Prefácio Elias Daher e imagem interna Josué Gomes (Rascunhomusical)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Lascas de nós...


Lascas de mim... Lascas de ti.
Lâminas de nós... Somente nós.
Ouço as lambidas do tempo... Os versos e reversos de um futuro.
Perco-me... Perco-me, em distâncias... Em estradas e faixas coloridas.
Brisa... Vento... Magia de discursos.
Saboreio as frutas em galhos... Baco lança-me aos céus.
Permitir-me nadar sob cascas finas de gelo... Aquecer-me em teus braços.
Ouço as curvas de uma onda... O mar acorda-me cedo... Silêncio!

22:25

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Vestida de lua

Amei ao som de fantasia... Tive a alma completamente invadida... Permitida vontade.
Olhei com a ternura face... Envolvi-me, em caracóis.
Sempre com a verdade em punho... São os versos iluminados de uma face que chora... De traços que contornam a minha vida.
Vesti-me de lua... Espiei um futuro... Encontrei-me nos sonhos teus.
Rasgo as páginas da vida... Ainda não sei o que o espelho reflete... Mas, são duras as crostas... Viram pérolas com o tempo.
Sou a face do silêncio... Não entendo artimanhas... Ainda preciso crescer mais... Aprender com relâmpagos assusta a face...
Ainda vestida de lua...Tão minha... Tão tua...

(... EntreCores...)

Muralhas

Sinto as mãos atadas... Mas, ao Universo incorporadas...
Muralhas de mim foram descascadas pelo tempo... Pelo cuspe de segredos.
Ouço a melodia de um enlace... Amei a vida em grandes goles...
Vi-me nua... Totalmente tua.
Sou o edifício de mim... Guardo-me para a mina d'água... Sou o que o rosto retrata.
Clara imagem transparente... Um pedaço de mim, para ti.
E as palavras ficam justas, apertadas em meu peito... O ritmo cardiaco adormece as palmas... Envia-me o recado de que não há muito tempo.
Apenas um minuto... Ainda não entendes... Guardo-me, então... Viro apenas respiração.
Meus dias, nas muralhas de mim... Envolta em luzes de um futuro sonhado... Amado de uma maneira única... Para sempre iluminado pelo sorriso teu.

O verdadeiro Amor

Amar é ir além de um simples toque... Afagar o coração... Virar pulmão.
Amo em voltas de mim... Em cores de um jardim.
Amo em luzes transparentes... Em olhos... Em lentes.
Saboreio os dias... Ainda não sei o que ditam os rastros.
Sinto-te em emoção... Gosto dos recortes... Das falas... Do mundo que criamos.
Ouço as palavras mais loucas... Guardo-me em silêncios coloridos.
Inocente... Amor verdadeiro.