quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Muralhas

Sinto as mãos atadas... Mas, ao Universo incorporadas...
Muralhas de mim foram descascadas pelo tempo... Pelo cuspe de segredos.
Ouço a melodia de um enlace... Amei a vida em grandes goles...
Vi-me nua... Totalmente tua.
Sou o edifício de mim... Guardo-me para a mina d'água... Sou o que o rosto retrata.
Clara imagem transparente... Um pedaço de mim, para ti.
E as palavras ficam justas, apertadas em meu peito... O ritmo cardiaco adormece as palmas... Envia-me o recado de que não há muito tempo.
Apenas um minuto... Ainda não entendes... Guardo-me, então... Viro apenas respiração.
Meus dias, nas muralhas de mim... Envolta em luzes de um futuro sonhado... Amado de uma maneira única... Para sempre iluminado pelo sorriso teu.

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