segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Meus caminhos

Os astros dizem: Abrigo"
Movo moinhos de vento... Guardo os ditames do tempo.
Curto circuito de aves ao meu redor... Luzes e Lâmpadas aceleradas de sentidos...
Movo-me para trás...
Um dia, quis estrelas... Lábios em movimento de palavras soltas... E presos os calcanhares...
Um dia de Domingo... Um sonho encantado...
Versos de alguém que morre aos poucos... Em soluços soltos... Escaravelhos de areia fina...
Uma imagem que não esqueço...
Inocentes defeitos... Que acabaram cedo...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

" 9..."

Belo encontro entre o Eu o Mundo...
Nove capítulos da alma humana... Volta-se aos primórdios, depois do fim.
Personagens guiadas pela Filosofia... Neurociência... Física... Razão e Emoção... Tecnologia e Compaixão.
Pequenos retratos do ser humano costurados... Um álbum de retrato... O retrato de cada célula e seu núcleo.
Micro e Macrocosmo... Paredes tão tênues... A mesma composição... A mesma fonte de Vida e Morte.
Efeito do avesso... Avesso do começo... Começo no fim da estrada.
Assim, dita o filme... Rebuscado pelo Conhecimento... Pela Compaixão... Curiosidade... Criação.
Somos tantos em apenas um... O nome dado ao que cria varia...
Inteligências: Falhas, se adornadas pela Ambição... Perfeitas, se levadas no Coração.
Magia... Foco... Desenho em movimento...
Telas planas... Planos de um Futuro...

domingo, 15 de novembro de 2009

Lascas...

Arrumaria o mundo... Seria o teu absurdo.
Cada volta ao infinito... Um Amor, em pétalas de luz.
Viradas lascas... Côncovas muralhas.
Permeio o tempo... Olho as tuas falhas e percebo o desencontro...
Ainda não crescestes... Ainda és fagulha...
O tempo...
Sabedoria... Extremos ditos...
Ainda, assim, inseguros ditos...
As heras mostrarão a ti o caminho mais seguro...
Serão tuas guias... E eu?
Eu estarei tão longe que a lua será apenas um aro laminado...
Fecho-me em concha... Não sei amar com os dedos cruzados...
A chuva caiu pelas ladeiras das tuas palavras... Lavou-as e estão sob as pedras...
O amor é findo... A verdade sempre ilumina a face.
Lascas de ti... Lascas de mim...
Finito giro...
Não resta mais nada...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Hoje


A vida... Um presente envolvido em pequenos laços...
Um pacote de coisas fantásticas...
Um vulto... Um abrigo... O meu mundo colorido.
Laços e fitas amarrados aos calcanhares... Pequenas vestes de um recado.
Um dia de vento... Um espetáculo para mim...
O dia nasceu em gotas de uma vida inteira... Sementes que planto.
Avisto um futuro em esquinas que eu nunca vi... Um mar infinito... O galope do vento... Os lenços soltos na areia fina.
Um dia... Meu dia!
O gosto de lembranças... Lembrar de um ponto desconhecido.
A vida feita de pontos... Arte!


11:30 (Meu aniversário...rsrsrs)
Publicado no Recantodasletras dia 11/11
Imagem de Josué Rodrigues Gomes (rascunhomusical)

sábado, 10 de outubro de 2009

Próximo livro... "45 Dias"

...
Passava das três, quando ele chegou...
Falou-me da chuva... Dos ventos que sacudiam o mundo... Falou de tudo um pouco... Falou dos absurdos.
Volta e meia, no nó dessa conversa, dedilhava algo, nas entrelinhas de uma música que ainda não chegou...
Eu, rodeada de livros, pensava no que fora bom... Não ouvia o que dizia... Apenas tentava acertar o tom.
...
                                     Olhei-o tão delicadamente... Como se me apropriasse da retina dos seus olhos... Nenhuma palavra dita... Nenhum toque manifestado.
                                     Levantei-me, de súbito, da mesa onde estávamos... Saí.
A porta fechou-se, atrás de mim...
A direção... Já não importa. O táxi rodou por horas...
                                     No peito um vazio... Não havia mais ninguém... Nem ele, nem eu.
Saí... Rodei as ruas finas... Saboreei as gotas da chuva... Dancei com o vestido grudado ao corpo...
                                     Lembrei-me de um livro... "O Parto do Eu"... Deslizei as mãos, feito um parabrisa... Sorri.
...
O passar do tempo corrompe qualquer juízo... Posso manipulá-lo... Posso fixá-lo ao pé do ouvido...
Sou dona dos meus "flashbacks"... Eu mesma cavo cada abismo.
Nem lágrimas... Nem gargalhadas...
                                    Era eu a acariciar um destino esmaltado... Moldurei-o... Queimei-o. Fiz, da porcelana, o meu retrato.


"45..." está chegando!!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Outono

O livro "OUTONO" está na Editora Protexto. Confira!!!
Meus textos... Minhas palavras... Uma forma de existir!


Em breve, o romance "45..."...

www.protexto.com.br/autor.php?cod_autor=198 -

sábado, 3 de outubro de 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O Menino e o Mar

... O mar agitado... O frio cortando a face... O sol de final de tarde não dava conta de aquecer o menino...
Olhei... Avistei, de longe, um sonho nublado...
Ele corria, como quem solta pipa... Olhava e sorria... Volta e meia, virava-se em minha direção... Eu não estava lá... Não da maneira que conhecemos...
Eu era outra... Outra dimensão, à parte...
Olhei ... Observei cada veste...
Do preto casaco pesado... Às botinas e meias grossas... Os suspensórios... As calças-curtas, não de propósito... O menino crescera, além do previsto...
Tinha as palavras mais cruas... Honestas, tal qual um sopro...
O respirar ofegante... As vontades marcadas pelos "nãos" que recebia...
Estava diante do mar... O que importa?!... "Que os raios solares aqueçam-me"... Assim, era o seu olhar...
Nas mãos, um objeto sagrado... Afeto!... Procurou, em todas as ressacas, a reposta, daquele dia em diante...
Dormiu... Ao ver a lua... Foi criatura... Foi criador de atitudes...
Guardei-me, por alguns segundos, no ato que se apresentava... Não eram palavras... Eram cores... Um caleidoscópio de amores...
As mãos, pequeninas, abriam um sorriso... Trêmulas, mas com propósitos firmes... Enrolaram o papel seleto... Tão apertado, quanto foi possível... Colocou o bilhete eterno na garrafa e fechou a mesma com uma rolha fixa... O sal a encharcaria... A sua expansão não permitiria que o papel fosse violado...
Ali dizia: "Venha para mim"...
Quem diria... Que seriam palavras tão suas... Um pedido para um eterno retorno... O retorno a si... A procura indefinida da outra parte que lhe completa...
Olhei em volta e, mais uma vez, ele fitou-me sem pressa...


02:30

terça-feira, 31 de março de 2009

Estrada

Estrada

Hoje, chove... Em gotas finas... O fio do outono chega... Nas ruas, carros cobertos de uma camada superficial...
Posso correr meus dias... Hoje, fui à serra... Tu sabes, a de todos os dias...
Nem acredito que vi as orquídeas... Sempre dizem: _ Alô, bom dia!!
A serenata, eu diria... Teu canto ao pé do ouvido... Teu respirar... Teu envolver, logo cedinho... Ouço o canto, passarinho.
Nos morros que aqui rodeiam... A casa, em plena mata... Circulamos, por ruas soltas... Feito círculo... As tuas mãos, em mapas...
Posso conter cada segundo... Já estamos, onde chegamos... O mês chegou... O brindar dos planos.
O ritmo acelerado dos corpos em movimento... As mãos em contado guia... A voz que estremesse o chão...
Ouvir... Ouvir...
Serei os risos que gostas... Serena, com gosto de fruta... Um enlace, como pediste... As heras da cachoeira... Sereia... No oceano.
Meus pensamentos, teu contato... Teu chamado, noite e dia...
Ontem fui buscar o que me deste... Hoje, ninguém sabe o que faria...
E o riso que brota à face... A cada beijo que anuncia... Já fui fumaça... Já fui Maria...
Na estrada de ferro que a vida traça... Nas correntes dos teus braços... Posso atravessar cada gesto... Basta seguir teus passos...
Hoje, eu fui à Serra... Da estrada velha " Estrela"... Aquela que tu me deste...
Fui cigana preguiçosa... Devagar rodando o destino... Fui argolas... Fui morena... Fui encanto,
passarinho...

domingo, 8 de março de 2009

Contorno...


Contorno...

Ouço a luz emanada pelos teus olhos... Claros momentos de tela plana...
Um teatro de cores... Tamanho o recorte, nas pinceladas cruas do destino... Psique?
Chegou o dia em que as minhas vistas levam-me ao infinito...
Um viajar pelas encostas de um vulto marginal... Até chegar a casa... O mar bate com bravura, nos rochedos que delimitam o espaço de areia... Aproxima-se cada vez mais... E, no outro dia, ficam apenas as marcas de suas lágrimas com gosto... No chão.
Eu vi o lugar assim... O mar... O som...
Em mais um rascunho das telas... Pude olhar o horizonte em linha...
Havia a revoada matinal... O ruído das folhas craquinando o andar... O contrário fascina-me... O andar é apenas passo... As folhas, o foco.
Uma ordem gramatical embalada pela Literatura... E o poeta desliza as gotas de saliva inconsciente...
Queria ter as artimanhas, em goles... Saber o que de fato está escrito... No entalhe das curvas do meu corpo...
Mas, conheço as cartas marcadas... Em riso, encontro-te comigo...
Fiz um elo... Juntei os gomos... Sou de outro tamanho.
Ouço os ditames da música... Sou as vestes que retiro aos poucos... Um embrulhar da pele... Os contrários vistos aos olhos-espelho...
Construo, em sonhos, as estradas de cimento armado... Puro relato...
Eu vi um lugar assim... Tijolos.

Publicado no Recanto das Letras em 07/03/2009 Código do Textos: T1473656


sábado, 17 de janeiro de 2009

Estrelas


Estrelas...

Entre as linhas mais doces, deixei meu amor rabiscado...
Entregue às sílabas únicas... Fui dizer-te o mais falho...
Eram tantas as faíscas... Que o espelho d'água as registrava...
Era eu... Explícita em minas... Gotas... Ondas Estreladas...

Um dizer tão baixinho, apenas uma vez... Em toda vida...
Uma espera dilatada... Em palavras que datavam a hora exata...
Um amor, em flor... Nunca mais dito... Afogado...
Um sorriso, em face... Envolvido na areia fina...

Tenho muitos rios, em minhas veias...
Eu circulo, em ondas o meu destino...

A vida encanta, no mar abrigo...
Muitas estrelas colhi, em céu sonhado...
Ontem, fui buscar o que tinha guardado...

Publicado no Recanto das Letras em 16/01/2009 Código do Textos: T1388570

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Fragmentos...


Fragmentos...

Versos parados... Fixos... Fixados... Um instante, apenas um instante, nos córregos... Nos sulcos da minha alma. Cicatrizes... Rompo-me aos teus olhos... Não sou mais eu... Sou o que defines de mim. Ah! Quantas certezas falhas, no gosto de minha boca. Veja-me... Ouça-me... Tenho pouco tempo... Esse marcado pelos encontros dos riscos... A cegueira que precisas... Que preciso... É o brilho que desnorteia... O véu que retiro... Em tuas mãos... Deixo-me estendida... Rasgo-me... Fragmento-me... Reúno-me... Defino-me... Sou instantes... Sou semente... Vida... Sou fendas... Vendas! Hoje, o dia nasceu assim... Extrato de mim. Nas ruas, ouço o vazio do chão... Olhares parados... Cada qual em sua pupila dilatada... Cada um, em disparada... Salto ao infinito... Em ondas e retornos... Símbolo! No passo marcado... Compassado... Marco o passo... Sou marcada. Pedra que firme fica... Rocha... Rota. Vira vento... Vira a tua boca... A fala avesso do teu beijo... Asas...
Publicado no Recantos das Letras em 12/01/2009
Código do texto: T1381499