sábado, 3 de julho de 2010

A cada dia...

A cada dia...
Passa lento... Passaraio de brincadeiras... Arcos.
Vejo a estrada e me calo... Calos nos pés da espera... Cansaço.
Olho a face que me acaricia... Perco-me, em escudos que crio... Aventuro-me em águas jogadas... Translúcidas imagens criadas.
As mãos aproximam-se... Desconhecidos sentidos... Já não sinto. Amarga a boca, com palavras que não escuto mais. Mas, perco-me na doçura que é entregue sem cobrar nada em troca.
Não moro mais em mim, nessas horas.
Ouvi o chamado da esquina... Disse-me "dobra"... Segurei os pés no chão... Não encontraria a certeza, apenas indecisão.
Morri, ontem... Ninguém avisou.
Hoje, sustento-me de sonhos... Agarro-me aos joelhos, novamente... Uterino controle. Margens para definirem os estudos cíclicos... Palavra rouca... Manca.
E... Surrupio a verdade... Esmagamos cada linha e dizemos "sim" à loucura.

Um comentário:

Projeto Reticere disse...

'segurei os pés nos chão'... puxa, que metáfora linda essa...


gleuber militani
projeto reticere