domingo, 2 de maio de 2010

Acordar


ACORDAR

Desamarro os nós...
Morro ao infinito...
Que visto seja... Que seja dito.
Visto-me de arames... Vestida de gostos... De zelos... De selos dourados... De goles antigos... De versos multicoloridos.
Ainda sinto... Vasos e veias... Uma lembrança.
Passeio pelas vias e voltas... Vozes e sonhos. Mais uma reviravolta...
Moldo o que desconheço... Desconhecia a face do silenciar o peito.
Ouvi o que deveria ser dito... E... Nas entrelinhas de mim... Passo lenta.
As gotas não lambuzam mais a face... Engulo o choro... Não posso fazer milagres.
Abandonadas as rimas... Permito-me olhar para o lado... Acordar, ainda dói.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que bela e triste poesia!Quando não há o que dizer ou as palavras ficam amarradas na garganta é mesmo muito dificil!Poesia linda e comovente!Bjs,